Conselho Municipal de Regulação mantém multa de R$ 420 mil aplicada pela Ageman contra consulta Águas de Manaus

A decisão de caráter administrativo será publicada no Diário Oficial do Município (DOM) e a empresa terá 30 dias para efetuar o pagamento da multa.

Tereza Teófilo / Ageman
03/06/2025 18h00 - Atualizado há 1 dia
Conselho Municipal de Regulação mantém multa de R$ 420 mil aplicada pela Ageman contra consulta Águas de
Fotos - Tereza Teófilo / Ageman

O Conselho Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Município de Manaus (CMR) manteve uma multa de R$ 420 mil aplicada pela Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Município de Manaus (Ageman) contra a empresa Águas de Manaus, no processo referente aos sucessivos rompimentos das três adutoras que passam pela rua Marciano Armond, na zona Sul de Manaus.

 

 

Relatado pela conselheiro Andrea Souza, representante da Central Única das Comunidades (CUC-AM), o recurso apresentado pela comunicação tentou romper a decisão do órgão regulador. O julgamento ocorreu na tarde desta terça-feira, 3/6.

 

 

Andrea destacou em seu voto que a empresa não apresentou uma justificativa suficiente para sanar os problemas. Ela lembrou que entre 2018 e 2023 houve sete rompimentos de rede de água na mesma via e que a mesma empresa tomou medidas como a instalação de dispositivos de proteção para reduzir a pressão e diminuir os rompimentos, os vazamentos persistiram causando desabastecimento para milhares de pessoas, além de congestionamentos devido a via ser de grande fluxo de veículos, especialmente nos horários de grande fluxo.

 

 

Em seu voto, a conselheira concluiu que a concessionária descumpriu a obrigação do contrato de concessão referente à prestação de serviço público contínuo e eficiente, prejudicando a regularidade e a qualidade do abastecimento de água na cidade de Manaus, causando transtornos para a população e insegurança sobre o serviço. “Voto pela manutenção da negociação aplicada à comissão em razão do descumprimento das obrigações contratuais e da decorrência das falhas técnicas”, declarou a conselheira.

 

 

Após a leitura do voto da relatora, o diretor jurídico da empresa Águas de Manaus, Rodrigo Lopes, teve 15 minutos para apresentar sua defesa. A representação da exposição destacou a proatividade da empresa em atender aos usuários prejudicados e o emprego de soluções intermediárias, visto que segundo ele, o contrato de concessão não exige a substituições de adutoras. Além de pedir a derrubada da multa, a empresa questionou ainda a dosimetria aplicada e que elevou em 30% o valor da tempestade.

 

 

Com a finalização das argumentações da defesa, os demais conselheiros confirmaram seus votos e por seis a um, o CMR manteve a audiência de multa contra a auditoria. O único voto divergente foi do conselheiro Armando Ennes, representante das concessionárias.

 

 

A decisão de caráter administrativo será publicada no Diário Oficial do Município (DOM) e a empresa terá 30 dias para efetuar o pagamento da multa. A remessa ainda poderá recorrer judicialmente à decisão final.

 


FONTE: Semcom
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