Polícia Civil desarticula grupo criminoso responsável por aplicar golpes de crédito

Em aproximadamente um ano, uma quadrilha movimentou mais de R$ 3 milhões em decorrência do esquema criminos

03/06/2025 15h08 - Atualizado há 2 dias
Polícia Civil desarticula grupo criminoso responsável por aplicar golpes de crédito
FOTOS: Erlon Rodrigues e Divulgação/PC-AM

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), apresentou, nesta terça-feira (06/03), os resultados da Operação Lousa Negra, que resultou na desarticulação de uma organização criminosa responsável por aplicar golpes envolvendo crédito consignado em professores da rede pública de ensino. Em aproximadamente um ano, uma quadrilha movimentou mais de R$ 3 milhões em decorrência do esquema criminoso.

 

A ação policial foi deflagrada na segunda-feira (06/02), ocorrendo em que sete pessoas foram presas, suspeitas de integrar o grupo criminoso. Conforme as investigações, que duraram cerca de três meses, os envolvidos atuaram em uma rede de estelionatos direcionada aos servidores da área de educação, tanto na capital quanto no interior do estado.

 

Durante a operação, foram presos Alan Douglas Pereira Barbosa, Jean Fábio França de Souza, John Harry Santos da Silva, Luís Gonçalves da Silva, Luiz Roberto Lima Fonseca, Manoel Moreno Penha Júnior e Samuel da Costa Matos.

Conforme o delegado Cícero Túlio, titular do 1° DIP, os suspeitos coletaram informações referentes à margem consignável de professores e, de posse desses dados, falsificaram documentos e aliciaram pessoas para se passarem pelas vítimas em agências bancárias, onde realizaram contratos fraudulentos de empréstimo.

 

"Parte da quadrilha atuou como correspondente bancário, facilitando a abertura de contas e o encaminhamento dos processos de crédito consignado. Gerentes de agências bancárias de capital autorizaram os pagamentos dos empréstimos e receberam comissões oriundas dos valores desviados", informou o delegado.

Segundo a autoridade policial, a maioria das transações foi autorizada de forma irregular por esses gerentes, que deliberadamente deixaram de submeter os pedidos aos comitês internos de análise financeira das instituições, favorecendo o grupo criminoso.

 

“Isso possibilitou a obtenção de valores por meio de um procedimento simplificado conhecido como 'clique único', que dispensava o comparecimento presencial nas agências, sendo operacionalizado por meio de aplicativo bancário”, relatou Cícero Túlio.

Entre os três presos são correspondentes bancários, além de um gerente de banco e um pastor. Alan Douglas, gerente de uma instituição bancária privada em Manaus, também preso durante a operação, já foi investigado em outro inquérito policial, relacionado a um golpe milionário envolvendo a liberação irregular de financiamentos e de limites em cartões de crédito para a aquisição fraudulenta de veículos.

De acordo com o delegado, o pastor John Harry, juntamente com Luiz Roberto Lima Fonseca e Manoel Moreno, atuaram como corretores. Eles eram responsáveis por receber documentos falsificados e intermediar, como os titulares dos correspondentes bancos, a abertura de contas e o envio de documentos aos gerentes que autorizavam os empréstimos.

 

"Jean Fábio, Samuel da Costa Matos e Marcos Pitter atuavam como correspondentes bancários e tinham a função de intermediário com o gerente Alan Douglas na concessão fraudulenta de crédito consignado. Em um ano, a quadrilha movimentou mais de R$ 3 milhões", contornou.

 

As vítimas só tomaram conhecimento dos golpes cerca de dois meses após uma contratação fraudulenta, quando os descontos começaram a aparecer em seus contracheques, referentes aos empréstimos que jamais solicitaram.

 

Procurados

Continuam foragidos: Pablo Kzar Andrade Costa, Peter Kalil Andrade Costa, Rafael Bruno Lima de Souza e William da Rocha Bezerra, conhecido como “Sombra” (fotos em anexo); além de Manoel David Miranda de Melo, Crisney Uchôa Correia e Marcos Pitter Lemos da Silva, que não possuem imagens.

As denúncias podem ser feitas pelos números (92) 99118-9177, disque-denúncia do 1º DIP, ou pelo 181, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM). “A identidade do denunciante será preservada”, afirmou Cícero Túlio.

 

Procedimentos

Todos responderão pelos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, falsa identidade, falsificação de documentos públicos e particulares, estelionato e uso de documentos falsos. Os presos serão submetidos a audiência de custódia e permanência à disposição do Poder Judiciário.


FONTE: Secoom
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