Vídeo: Mauro Cid fica desesperado ao receber notícia de que seria preso

Em março de 2024, tenente-coronel foi preso após prestar depoimento no STF

20/02/2025 18h39 - Atualizado há 2 semanas

Um dos vídeos divulgados nesta quinta-feira (20) pelo STF (Supremo Tribunal Federal) dos depoimentos do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, ao longo do acordo de colaboração premiada mostrou o momento em que ele recebeu a notícia de que seria preso. Em março de 2024, ele foi interrogado para dar explicações sobre um áudio no qual fez ataques à Polícia Federal e ao ministro Alexandre de Moraes. Depois da audiência, Cid foi preso por ordem de Moraes.


Aquele interrogatório foi conduzido pelo juiz instrutor do gabinete do ministro, Airton Vieira, que anunciou a ordem de prisão de Cid. O tenente-coronel ficou inquieto ao ouvir a notícia e levou as mãos ao rosto diversas vezes. Posteriormente, ele desmaiou — esse momento, contudo, não aparece no vídeo. Dois brigadistas do STF socorreram Cid naquele dia após ele desmaiar.

“O senhor ministro relator, Alexandre de Moraes, decidiu e decretou a prisão preventiva do senhor Mauro César Barbosa Cid. Eu tenho em mãos a decisão assinada pelo senhor ministro relator, o ministro Alexandre de Moraes. Posteriormente, os senhores vão recebê-la, vão tomar ciência do seu conteúdo, das razões que levaram o senhor ministro a decretar a cautelaridade prisional, a prisão preventiva do senhor Mauro César Barbosa Cid”, disse Vieira.

Cid ficou preso até maio de 2024, quando teve a liberdade autorizada também por Moraes.

Por que Cid foi preso?

A prisão de Cid foi justificada por descumprimento de medidas cautelares e por obstrução à Justiça depois da divulgação de áudios em que ele afirmava que a Polícia Federal o pressionou a relatar fatos que não aconteceram e a detalhar eventos sobre os quais não tinha conhecimento.

Nas gravações, Cid diz que foi induzido por policiais a corroborar declarações de testemunhas e a reproduzir informações específicas, sob pena de perder os benefícios do acordo de delação premiada. O militar também criticou a atuação de Moraes, dizendo que o ministro faz o que bem entender.

Na gravação, o ex-ajudante de Bolsonaro afirma que Moraes “já tem a sentença pronta” dos inquéritos dos quais é relator e que apenas aguarda “o momento mais conveniente” para ordenar as prisões dos investigados.

 

 


FONTE: R7
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