15/11/2023 às 12h42min - Atualizada em 15/11/2023 às 12h42min
Ministério admite que pagou viagem da “dama do tráfico”
Pasta dos Direitos Humanos, comandada por Silvio Almeida, é o segundo ministério envolvido no caso
Pleno
Foto: Reprodução O Ministério dos Direitos Humanos, pasta comandada por Silvio Almeida, admitiu nesta terça-feira (14) que pagou uma das viagens da “dama do tráfico amazonense” a Brasília. Luciane Barbosa Farias é esposa do líder do Comando Vermelho no estado.
A viagem foi financiada para que ela participasse do Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura, em Brasília, nos dias 6 e 7 de novembro.
O ministério afirma que o pagamento foi realizado em razão da indicação de Luciane como a representante do Amazonas para o evento, e atribuiu a culpa aos colegiados estaduais, que possuem autonomia para lidar com este orçamento.
Nesta terça-feira (14), a própria “dama do tráfico” revelou que sua viagem a Brasília foi custeada pela pasta de Silvio Almeida, o Ministério dos Direitos Humanos. Ela expôs a situação em coletiva convocada após os encontros no Ministério da Justiça, de Flávio Dino, tomarem o noticiário.
ENTENDA O CASO
Luciane Barbosa Farias participou de audiências com dois secretários e dois diretores do Ministério da Justiça em um período de três meses. A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo nesta segunda-feira (13). Apesar das visitas, o nome de Luciane não consta das agendas oficiais da pasta chefiada por Flávio Dino.
Segundo o veículo, Luciane é casada há 11 anos com Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas, que era considerado o “criminoso número 1” na lista de procurados pela polícia do Amazonas até ser preso em dezembro do ano passado. Luciane e o marido já foram condenados em segunda instância por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa.
Atualmente, Clemilson cumpre 31 anos no presídio de Tefé, no interior do Amazonas, enquanto Luciane foi sentenciada a dez anos e recorre em liberdade.