A professora brasileira Fernanda Nunes, 28 anos, viralizou na internet com um vídeo que mostra seus alunos de educação infantil falando o que pensam sobre o Brasil.
Na sequência, eles aparecem respondendo coisas como "Neymar", "pobres" e "calor".
O arquivo, postado por ela no TikTok, foi apagado após os pais das crianças reclamarem da exposição. E Fernanda acabou sendo demitida.
"Nem tive a chance de me despedir deles", afirma ela. "A minha intenção não foi ofender ninguém. São crianças, que eu acho extremamente criativas."
A reportagem teve acesso ao vídeo, que mostra apenas a imagem de Fernanda, mas expõe o áudio das respostas das crianças.
"Eu vim pedir desculpas aos pais. Embora eu tenha preservado a imagem delas e o nome da escola, muitas pessoas se ofenderam", diz a professora, em um novo vídeo.
"Se você é pai de algum aluno meu, eu sempre tratei o seu filho com muito amor. Não queria usá-lo para ganhar like na internet, eu só quis compartilhar os momentos bons que eu vivia lá dentro."
O R7 entrou em contato com a professora, que preferiu não se pronunciar. Após o ocorrido ela afirmou que não queria enfatizar a hostilidade contra os brasileiros.
"Algumas emissoras me chamaram para dar entrevista, mas tudo com intuito de enfatizar a xenofobia, e eu não queria me posicionar assim."
Muitos internautas se mostraram inconformados com a demissão da educadora.
"Os pais ficaram ofendidos porque seus filhos reproduzem as falas deles. Apenas!", comentou uma internauta.
"Pessoas que defendem a educação tradicional violenta não toleram afeto! Não tenho dúvida do quanto você era amada porque as crianças são incríveis em qualquer lugar do mundo", escreveu outra.
Alguns não concordaram com a atitude da professora em filmar durante a aula.
"Foi querer aparecer e se deu mal", escreveu um internauta.
"O 'tudo pelo clique' é uma doença e está tomando proporções gigantescas na sociedade. Se você 'ama' os alunos, deveria respeitar a privacidade deles. Além do mais, há regras em Portugal, ainda mais com crianças. Foi você quem escolheu morar neste país, deveria respeitar as leis", comentou outro, abaixo da publicação da educadora.