29/12/2022 às 22h07min - Atualizada em 29/12/2022 às 22h07min

Mulher é investigada por forjar câncer para pedir dinheiro

Rifas e vaquinhas foram criadas para ajudá-la no tratamento que nunca aconteceu

Pleno News
Foto: Reprodução
A Polícia Civil de Goiás investiga uma mulher de 26 anos que aplicava golpes fingindo estar com leucemia. A camareira Débora Barros dos Santos usava fotos de sangue falso e curativos para reforçar a mentira e assim conseguir dinheiro de colegas de trabalho.

O caso aconteceu em Pirenópolis (GO) e pelo menos 200 pessoas aceitaram contribuir para ajudá-la no suposto tratamento contra o câncer.

Débora dizia que fazia tratamento no Hospital Araújo Jorge, em Goiânia (GO), mas a unidade de saúde desmentiu a informação. A camareira nunca foi paciente do hospital.

O delegado responsável pelo caso, Tibério Cardoso, informou que quatro vítimas já prestaram depoimento, o ex-namorado da camareira também foi à polícia.

Eles começaram a desconfiar porque Débora dizia que ia ao hospital acompanhada de uma amiga que ninguém conhecia. Quando ligaram no hospital, confirmaram que não tinha nenhuma paciente com o nome dela.

Foi um colega de trabalho que fez a denúncia contra Débora, depois de desconfiar do comportamento dela. Vaquinhas e rifas foram feitas para arrecadar dinheiro, valores estes que ela recebeu sem estar de fato em tratamento médico.

O pai da acusada disse que a filha foi usada por outra pessoa e que acredita que Débora foi dopada.

– Ela forjou essa doença. Eu acho que ela dopava a minha filha e inventava que esses remédios eram caros. A mulher pegava o dinheiro para comprar os remédios – diz o pai da camareira, acusando a amiga que eles não conhecem e que teria entrado na vida de Débora há cerca de quatro meses.

– De sábado para cá, ela está vomitando sangue, mas ela não tem câncer. Ela forjou tudo para pegar esse dinheiro, minha filha não tem esse dinheiro. Se ela tivesse, a gente não estaria nessa cidade, mas no Maranhão – continuou o homem.

Débora foi internada por passar mal, o pai diz que encontraram substâncias semelhantes a soda cáustica no estômago dela. Ela está em tratamento no Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol).

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