04/05/2022 às 16h59min - Atualizada em 04/05/2022 às 16h59min
Taxa básica de juros dos EUA sobe 0,50 ponto, maior alta em 22 anos
Portal do Sena
R7
Sede do Federal Reserve, o banco central dos EUA, em Washington REUTERS/KEVIN LAMARQUE-1º.5.2020 O banco central dos Estados Unidos elevou, nesta quarta-feira (4), sua taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, o maior aumento em 22 anos, e disse que começará a reduzir sua carteira de títulos no próximo mês como mais um passo na batalha para reduzir a inflação.
Nesta quarta também o Comitê de Política Monetária, do Banco Central, volta a se reunir para dar o veredicto que deve elevar a taxa básica de juros da economia brasileira novamente em 1 ponto percentual. A alta, já sinalizada e prevista pelo mercado financeiro, colocará a Selic no patamar de 12,75% ao ano, o maior nível desde fevereiro de 2017.
O Fed (Federal Reserve) americano estabeleceu a meta de sua taxa básica para um intervalo entre 0,75% e 1% em decisão unânime, com a probabilidade de mais aumentos nos custos de empréstimos de magnitude talvez semelhante à frente.
Apesar da queda no PIB (Produto Interno Bruto) nos primeiros três meses do ano, "os gastos das famílias e o investimento fixo das empresas continuam fortes. Os ganhos de emprego têm sido robustos", disse o Comitê Federal de Mercado Aberto em comunicado ao final de dois dias de reunião de política monetária em Washington.
A inflação "continua elevada" devido à guerra na Ucrânia e novos lockdowns contra o coronavírus na China, ameaçando manter a pressão elevada.
"O Comitê está altamente atento aos riscos de inflação", completou.
O comunicado disse que o balanço do Fed, que saltou para cerca de US$ 9 trilhões conforme o banco central tentava proteger a economia da pandemia de Covid-19, poderá cair em US$ 47,5 bilhões por mês em junho, julho e agosto, e a redução avançará para até US$ 95 bilhões por mês em setembro.
As autoridades do Fed não divulgaram novas projeções econômicas após a reunião desta semana, mas os dados desde o último encontro, em março, deram poucos sinais de que a inflação, o crescimento salarial ou um ritmo rápido de contratações começaram a desacelerar.