22/10/2021 às 13h11min - Atualizada em 22/10/2021 às 13h11min
Clima esquenta na PM depois que a família do Coronel Menezes passou a mandar na corporação
PORTAL DO SENA - Informando com credibilidade
Foto Reprodução Circula em grupos de policiais no WhatsApp um texto condenando a atuação do subcomandante da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), coronel PM Jerry Menezes, e do comandante do policiamento metropolitano, o também coronel PM Augusto César. Em comum, ambos têm o parentesco com o coronel reformado do Exército Alfredo Menezes, o Coronel Menezes (Patriota), quinto colocado na disputa pela Prefeitura de Manaus no ano passado e atual aliado preferencial do governador Wilson Lima (PSC). Teria sido o amigo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) o responsável pela indicação dos dois.
Jerry Menezes é irmão do Coronel Menezes e Augusto César sobrinho dele. O primeiro está responsável pelos principais contratos da PMAM, enquanto o segundo tem o principal comando, com mais de dois mil homens a obedecê-lo.
Segundo o texto que circula nos grupos, Augusto César é conhecido na tropa como “clínico geral”, dada a quantidade de problemas que apresenta em sua ficha funcional. Quando era tenente, ele escapou da expulsão depois que descobriu-se que tirava armas de sua reserva no armamento e cedia a civis, supostamente para fazer segurança particular. A Polícia Federal o abordou à época.
O caso mais rumoroso aconteceu em 2019, quando ele comandava o CPA Sul. Ele mandou sua viatura pessoal abordar um caminhão com carga contrabandeada na rodovia AM-010 (Manaus-Itacoatiara), que fica na zona Norte de Manaus, totalmente fora de sua jurisdição. Os policiais que cumpriram a missão acabaram presos por colegas no CPA Norte, acusados de tentar extorquir os contrabandistas.
Augusto César responde ainda a um processo movido por uma mulher que ele teria agredido com uma “gravata” em uma casa de prostituição no bairro Dom Pedro. O detalhe é que ela estava grávida.
Sobre Jerry Menezes, circula na PMAM a informação de que ele passou a dar as ordens em todos os contratos grandes da corporação, depois de um acordo entre o governador Wilson Lima e o Coronel Menezes, que quer ser candidato ao Senado com apoio da máquina do Estado.
O comandante da PMAM, coronel Ayrton Norte, seria hoje a “rainha da Inglaterra” na corporação. Não manda nem na tropa nem nos contratos. E só não pediu demissão porque está enfrentando um problema de saúde na família que o cargo ajuda a solucionar.