24/05/2021 às 23h09min - Atualizada em 24/05/2021 às 23h09min

Acusado de estelionato com mais de cem passagens pela polícia debocha de vítimas ao chegar a delegacia; vídeo

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Foto: Reprodução
Preso nesta segunda-feira por policiais civis da 4ª DP (Praça da República) — que realizaram uma operação para desarticular um esquema de fraude imobiliária que fez mais de 180 vítimas no Rio, com prejuízos que ultrapassam R$ 3,6 milhões — Marcelo Jorge Pereira da Silva, de 54 anos, acumulou 119 passagens pela polícia desde 2011, o equivalente a uma por mês, em média. Marcelo já foi preso duas vezes, em 2014 e 2019. No entanto, estava em liberdade e, segundo a polícia, aplicando golpes.

O criminoso tem passagens por associação criminosa, estelionato, lesão corporal, ameaça, Maria da Penha e porte de arma, entre outros. Os crimes foram cometidos por Marcelo nos bairros do Centro, Leblon, Bonsucesso, Penha, Méier e Brás de Pina, na capital; nos municípios de Nova Iguaçu, Comendador Soares, Duque de Caxias, Itaboraí e Niterói, na Região Metropolitana.

A suposta empresa de financiamento intitulada Cooperativa Habitacional Grupo Fênix, que se apresenta como cooperativa habitacional na Rua Sete de Setembro, no Centro do Rio, foi estourada pelos agentes, que conduziram mais de dez pessoas para a delegacia. Junto de Marcelo, que responderá, desta vez, por associação criminosa, ameaça e tentativa de estelionato, outras duas pessoas foram presas em flagrante: Daywison John da Silva Merceis, de 30 anos; e Renata Cristina Moura Reis, 24, ambos por associação criminosa e tentativa de estelionato. Os policiais também apreenderam computadores, aparelhos de celular e documentos.

A ação desta segunda-feira da Operação Casa de Papel foi apenas a primeira fase da investigação. Os investigadores chegaram a flagrar novos clientes assinando contratos quando foram estourar o escritório. Enquanto as equipes estavam no local, mais de dez novas vítimas chegaram para também assinar contratos.



A suposta empresa de financiamento, que se apresenta como cooperativa habitacional na Rua Sete de Setembro, no Centro do Rio, foi estourada pelos agentes, que conduziram mais de dez pessoas para a delegacia. Junto de Marcelo, outras duas pessoas foram presas em flagrante: Daywison John da Silva Merceis, de 30 anos, por associação criminosa e tentativa de estelionato; e Renata Cristina Moura Reis, 24, por associação criminosa e tentativa de estelionato. Os policiais também apreenderam computadores, aparelhos de celular e documentos.Condenado por ligação com o tráfico assume cargo na Seap: 'Bonitão' havia sido preso em 2014.

As investigações da Polícia Civil, que começaram a partir de denúncias de vítimas, revelaram que o grupo criminoso simula um financiamento para compra da casa própria, com entradas a partir de R$ 10 mil. As vítimas começam a pagar e, quando pedem para ver a casa, os estelionatários apresentam, de forma dissimulada, um imóvel como se estivesse disponível. Porém, as residências apresentadas não estão à venda pela cooperativa. Em geral, o grupo utiliza imagens pegas na internet, em sites de vendas de imóveis, para enganar os clientes. Tudo é feito utilizando as redes sociais e sites na internet para atrair novas vítimas.

Segundo a polícia, quando a pessoa descobre que caiu em um golpe e tenta reaver o dinheiro, o grupo criminoso começa a cobrar multas por "quebra de contrato" e taxas que não existem para justificar a não devolução da quantia paga.

— Este caso chegou através de várias vítimas, que nos procuraram ao perceberem que tinham caído em um golpe. Algumas dessas vítimas são pessoas humildes, que juntaram dinheiro por muitos anos para realizar o sonho da casa própria e perderam tudo — disse a delegada Patrícia Aguiar.

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