A Nike entrou com um processo federal de violação de marca registrada na segunda-feira contra o coletivo de arte que lançou uma versão customizada polêmica de seus tênis em colaboração com o rapper Lil Nas X, contou a NBC News. O rapper não é citado na ação.
O artista de "Old Town Road" trabalhou com a MSCHF para lançar os "Tênis de Satã" (Satan Shoes) na segunda-feira (29/3).
Os tênis são Nike Air Max 97 modificados e decorados com um pingente de pentagrama e uma referência a Lucas 10:18, um versículo bíblico sobre a queda de Satanás do céu.
Nas redes sociais, muitos internautas acreditaram que o produto era um lançamento oficial da Nike e chegaram a pedir um boicote à gigante do material esportivo.
A MSCHF, coletivo conhecido por criar produtos polêmicos e virais, confirmou no domingo (28/3) que os calçados continham uma gota de sangue humano dentro da sola, retirada de integrantes da equipe.
Todos os 666 pares de Nikes modificados, ao preço de US$ 1.018 (R$ 5.860), esgotaram-se logo depois de serem postos à venda na segunda-feira.
O processo argumenta que a Nike deve manter o controle sobre sua marca "estabelecendo o registro correto" sobre quais produtos trazem o seu distintivo logotipo "swoosh".
"Na verdade, já há evidências de confusão e diluição significativas ocorrendo no mercado, incluindo ligações para boicotar a Nike em resposta ao lançamento dos Tênis de Satã da MSCHF com base na crença errônea de que a Nike autorizou ou aprovou este produto", diz o processo.