08/11/2018 às 11h15min - Atualizada em 08/11/2018 às 11h15min

Casa Branca tira credencial de jornalista da CNN após discussão com Trump

Presidente americano é acusado constantemente de adotar um tom agressivo e ameaçador contra a imprensa crítica a seu governo

Veja
Reuters
A Casa Branca retirou nesta quarta-feira 7 a credencial permanente de Jim Acosta, jornalista da emissora CNN, que horas antes havia sido chamado de “pessoa horrível” por Donald Trump durante uma tensa entrevista coletiva.

“Como resultado do incidente de hoje, a Casa Branca suspende a credencial permanente do jornalista envolvido até novo aviso”, disse em comunicado a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.

A credencial de Acosta, correspondente na Casa Branca, foi retirada em sua saída do edifício presidencial por um agente do Serviço Secreto americano, segundo um vídeo do momento compartilhado pelo próprio jornalista no Twitter.

A credencial permanente permite a um grupo seleto de jornalistas entrar e sair livremente da Casa Branca e cobrir o dia a dia do presidente.

O incidente envolvendo Acosta e o presidente ocorreu horas antes, durante uma entrevista coletiva na qual Trump avaliou os resultados das eleições de meio de mandato realizadas na terça-feira.

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discute com o jornalista Jim Acosta, da CNN,
durante coletiva de imprensa pós-eleitoral na Casa Branca, em Washington - 07/11/2018 
(Jonathan Ernst/Reuters)

O jornalista da CNN se enredou em uma tensa discussão com Trump que, depois de responder a várias das suas perguntas, lhe retirou a palavra.

“Largue o microfone… Te direi uma coisa, a CNN deveria estar envergonhada de si mesma por ter você trabalhando para eles. É um mal-educado, uma pessoa terrível”, disse Trump enquanto Acosta disputava o microfone com uma estagiária da Casa Branca.

Segundo a própria Casa Branca, a decisão de retirar a credencial do jornalista foi motivada pela forma como ele tratou a estagiária. “Trump acredita na liberdade de imprensa e espera perguntas difíceis sobre ele e seu governo.

No entanto, nunca toleraremos que um jornalista ponha suas mãos sobre uma jovem mulher que só está tentando fazer seu trabalho como estagiária da Casa Branca. Este comportamento é inaceitável”, declarou Sanders em comunicado.

“Que a CNN esteja orgulhosa da forma como seu empregado tem se comportado não é só asqueroso, mas é um exemplo do seu degradante desprezo por todos, incluindo as mulheres jovens, que trabalham neste governo”, acrescentou.

 

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